terça-feira, 26 de junho de 2012

Pública Odisséia

Pública Odisséia. Fábio Leite Couto Fernandez Aos politicos desta cidade Cujo governo se faz tão ardil  Venho sem torpe  leviandade Relatar esta VERGONHA ao Brasil. / Por ocasião de certo evento Estive em São Paulo, na capital Foi quando começou meu tormento Infinita odisséia  sem igual. / Para mais fácil deslocamento Decidi por transporte público Antes tivesse alugado um jumento Lento, mas  espaçoso e único. / Quando cheguei na primeira estação  Deu-se início grande desatino A massa chegou - furioso tufão E arrebatou-me sem próprio destino. / Quando vi, já me encontrava em curso, Imóvel tal qual perverso ladrão. Meus  pés sobrevivendo sem pulso, Debaixo de outro sob grande pressão. / Segui face a face com um senhor Que de tão perto eu podia ouvir Seus pensamentos sem qualquer pudor Sobre uma moça a meu lado a dormir. / A porta abria, a massa aumentava A Lei de Newton foi posta à prova  Fusão de corpos, almas coladas E ao espírito restou a cova. / Tentei respirar, tentei reagir, Tentei desmaiar, feito louco agia, Procurei espaço para cair, Mas o hiato não permitia. / Tentei acionar a emergência Procurei levantar uma das mãos Quando percebi uma saliência Recebi doloroso safanão. / Teria eu motivos pra queixar Foi quase um estupro o que aconteceu Faltou trocar fluidos e relaxar Desfrutaram de tudo o que era meu. / Como é possível alguém assim viver, Todo o povo sofre e se humilha, Ao governo um convite vou fazer Venha ver e traga sua família. / Seis da tarde seria ótimo Uma boa aventura em família Com o eleitorado próximo E verás a fúria da matilha. / Fica aos políticos o convite 2012 é ano de eleição Prepare-se para todo assinte Que ouvirá por sua atuação. / Agora, preciso, me despedir Mas de forma vil e amadora Peço que endereces lembranças A sua nobre progenitora!